O estado de Minas Gerais tem um lugar especial no turismo brasileiro com o seu circuito de Cidades Históricas.
Não é preciso muito dinheiro para viajar pelas belas cidades e destinos do estado, os atrativos têm entradas gratuitas e precinhos camaradas e não faltam boas opções para hospedar em fazendas, santuários e pousadas especiais para se desconectar um pouco dos problemas da cidade e desfrutar de toda a paz, ou aventura que os vales, serras e cachoeiras de Minas têm a oferecer.
Preparamos uma lista com 5 destinos escolhidos a dedo para você aproveitar o feriadão e conhecer as belezas naturais que só o estado de Minas Gerais tem a oferecer.
Continue a leitura e boa viagem!
1 – Serra do Cipó
O Parque Nacional da Serra do Cipó fica a 100Km de Belo Horizonte, o que faz deste um destino de fácil acesso para quem vive na cidade, quanto para quem aterrissa na capital mineira.
O parque é um templo de biodiversidade do país e é considerado um santuário da fauna e da flora brasileira.
O relevo acidentado faz do Parque Nacional da Serra do Cipó um destino que merece destaque para quem procura aventura e torna o lugar um verdadeiro paraíso para a prática de canoagem, trilhas, tirolesa, rapel, rafting e outros esportes radicais para iniciantes e profissionais.
O que ver e fazer na Serra do Cipó
A biodiversidade do Parque Nacional da Serra do Cipó o faz ser considerado o Jardim Botânico do Brasil.
Além de possuir mais de 1.600 espécies de flores, que compõem uma paisagem deslumbrante, o parque possui grande biodiversidade e guarda espécies encontradas somente aqui, como o lobo-guará, o tamanduá-bandeira e a onça parda, todas ameaçadas de extinção.
Além disso, existem nascentes de rios que formam cascatas, corredeiras, vales, grutas e muitos poços para banhos, que compõem a variedade de atrações para curtir.
Para quem busca trilhas, o Parque Nacional da Serra do Cipó oferece inúmeras opções, que podem ser percorridas a pé, de bike ou a cavalo.
A Cachoeira da Caverna e a Cachoeira Véu de Noiva são paradas obrigatórias.
Já na cachoeira das Congonhas, com 20 metros de altura, o rapel é a pedida. Para chegar, são 5Km de caminhada na serra e o passeio todo leva cerca de sete horas.
Aproveite para conhecer também o Cânion das Bandeirinhas, que fica na mesma região e oferece poços para banho cercados por pedras.
Confira todas as atrações no Portal Serra do Cipó
E confira o guia completo do viajante no portal do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
http://www.icmbio.gov.br/parnaserradocipo/guia-do-visitante.html
2 – Parque Nacional do Caparaó
Caparaó significa “águas cristalinas que rolam das pedras” em tupi, o nome faz juz ao lugar.
O parque fica a 371 quilômetros de Belo Horizonte, na divisa com o estado do Espírito Santo, e é um excelente destino para quem busca aventura, já que é cheio de atrações radicais, trilhas e possui um dos picos mais altos do Brasil.
O que ver e fazer no Parque Nacional do Caparaó
Pico da Bandeira
A terceira montanha mais alta do Brasil é uma das atrações do Caparaó. O pico da bandeira está a 2.892 metros de altura na divisa entre Minas e Espirito Santo.
A subida não é nada fácil e no alto o ar pode ficar rarefeito e as temperaturas podem cair para mínimas de até -10°C. Mas a aventura vale muito a pena e proporciona paisagens incríveis.
Vale Verde
Situado em uma região de altitude baixa em relação às demais do parque (1.200m), O Vale Verde na verdade é o Vale do Rio Caparaó, que nasce no sopé do Pico da Bandeira.
De natureza exuberante, a mata é bastante densa e as cachoeiras muito volumosas, formando inúmeras piscinas naturais e paisagens maravilhosas.
Vale encantado
Formado pelo Rio José Pedro, o Vale Encantado é cheio de piscinas naturais e cachoeiras belíssimas. O nome não é para menos, o vale abriga a maior cachoeira do parque. A Cachoeira Bonita tem uma queda d’água em um paredão de 80 metros de altura que formam vários poços profundos, perfeitos para banho.
Confira todas as atrações no site da prefeitura de Alto Caparaó
E confira o guia completo do viajante no portal do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
http://www.icmbio.gov.br/parnacaparao/guia-do-visitante.html
3 – Aiuruoca
Localizada na Serra da Mantiqueira a exatos 980 metros acima do nível do mar, a pequena Aiuruoca é cercada por rios, montanhas, vales, bosques e cachoeiras que compõem um leque de atrações para todos os gostos.
Dizem que Aiuruoca é uma cidade mágica, dona de belezas naturais e simplicidade que podemos descobrir facilmente ao visitá-la. Parece que tudo é integrado a natureza e flui em perfeita harmonia.
O que ver e fazer em Aiuruoca
A atração mais procurada é o Vale do Matutu, um lugar que foi uma importante rota de peregrinação indígena e, por isso, é considerado um vale sagrado. Ele fica 20km distante de Aiuruoca por uma estrada de terra, que demora cerca de 50 minutos para ser percorrida de carro.
No caminho, uma infinidade de cachoeiras dá o ar da graça, como a Deus-Me-Livre, com três quedas de 15 metros e piscinas naturais, além do Poço dos Macacos, com duchas em meio às pedras.
Já no povoado, os destaques são as Cachoeiras das Fadas, de fácil acesso e boa para banhos; e a do Fundo, a maior de Aiuruoca, com 130 metros – para chegar, porém, é preciso caminhar duas horas.
Seguindo para o vale dos Garcia, a cachoeira de mesmo nome é uma das mais procuradas por conta da beleza: trinta metros de queda, com direito a uma deliciosa piscina.
Entre os dois principais vales está o imponente Pico do Papagaio. Símbolo da fundação da cidade, o Pico do Papagaio, com 2.293m de altitude, é um dos mais majestosos da região.
Existem diversas trilhas pra chegar ao topo, inclusive a cavalo. O percurso leva cerca de quatro horas, devidamente recompensadas pelo visual contornado pelas montanhas que delimitam os estados do Rio e de Minas.
É uma trilha bem pesada e só pode ser feita com guias locais.
4 – Ibitipoca
Porta de entrada para uma das mais belas reservas naturais do país, o povoado de Ibitipoca, na Serra da Mantiqueira, fica a 261Km de Belo horizonte e ainda preserva ruas de terra, calçadas em pedra e forró pé de serra.
A vila possui pousadas charmosas, bons restaurantes e bares que capricham na programação musical. Sem contar os festivais de Jazz (julho) e Blues (agosto), que lotam a serra no inverno. O calendário ganhou ainda um evento de gastronomia, que acontece em outubro – o Sabores da Serra.
O que ver e fazer em Ibitipoca
O parque tem passeios por terra, água, jipe, bicicleta ou cavalo, e é emoldurada por penhascos, grutas, paredões, mirantes, riachos de águas avermelhadas e muitas cachoeiras.
Janela do Céu
Com a vista impressionante de uma cascata que se abre para o horizonte antes de uma queda de 100m, a Janela do Céu é o lugar mais procurado do Parque Estadual do Ibitipoca e talvez um dos mais fotografados de Minas Gerais.
Mas, alcançar esse pedacinho de paraíso não é tarefa fácil. São 16 km (ida e volta) de muitas subidas e descidas. O trajeto é puxado – sete horas ida e volta – mas a aventura vale a pena.
O parque, entretanto, reserva também caminhos mais lights e que conduzem a cenários também encantadores, como o Pico do Pião, a Prainha, a Gruta dos Viajantes, a Cachoeira dos Macacos, o Lago dos Espelhos, etc.
5 – Capitólio
Capitólio, a 279 km de Belo Horizonte, via MG 050, é um município cercado por belezas naturais às margens do Lago de Furnas.
A paisagem é combinada por paredões rochosos, águas esverdeadas e cachoeiras. O esplêndido cenário natural possui cânions com mais de 20 metros de altura da represa de furnas, cachoeiras, grutas e exuberante vegetação.
O que ver e fazer em Capitólio
Os Cânions de Furnas são uma das atrações mais procuradas da cidade. O mirante permite uma vista de tirar o fôlego: a combinação de uma água turquesa com os paredões de 20 metros é mesmo irresistível.
Dá uma olhada nesse visual e responda: vale ou não vale a pena?
A Cachoeira Lagoa Azul e a Trilha do Sol também oferecem vistas espetaculares e outras opções de banhos em piscinas naturais.
Os adeptos do montanhismo, trilhas, montain bike ou até quem topa passar por qualquer esforço físico para ser recompensado com o visual, poderá subir o Morro do Chapéu, com seus 1.293 metros.
No ponto alto do morro, há diferentes espécies de animais, muitas flores e algumas nascentes de rio, sem contar que a vista da área urbana de Capitólio e do Lago de Furnas é de tirar o fôlego.
O Parque Nacional da Serra da Canastra possui uma das reservas naturais mais bonitas do Brasil. Além da fauna e flora em seus tons mais exuberantes, a região tem cachoeiras com mais de 100 metros de altura – entre elas a cachoeira Casca D’anta com incríveis 180 metros – e é onde está localizada a nascente do famoso Rio São Francisco.
DICA BÔNUS – Diamantina
Construído no início do século 18, na época do Brasil colonial, com o objetivo de ser uma rota de extração de diamantes, o município de Diamantina recebe em torno de 3 milhões de turistas todos os anos e também revela belezas naturais de tirar o fôlego.
A história da cidade
A fama do município começou com a descoberta das pedras preciosas, quando a cidade ainda era conhecida como Arraial do Tejuco, lá pelo século XVIII.
Quando os diamantes foram descobertos, em 1729, a região começou a crescer. Ali viveram alguns dos homens mais ricos do Brasil colonial como, João Fernandes de Oliveira, o contratador de diamantes mais rico da América.
Foi com João Fernandes que viveu Chica da Silva, a escrava que foi da senzala para um dos postos mais altos na sociedade mineira da época.
Na cidade, é possível visitar gratuitamente a casa da ex-escrava, uma construção imponente que lhe foi dada de presente por seu quase marido.
Detalhe: das sacadas do casarão é possível apreciar a Igreja Nossa Senhora do Carmo, construção que Chica financiou para que os escravos pudessem rezar.
O que ver e fazer em Diamantina
Cultura, história e natureza não faltam entre as atrações de Diamantina.
Você pode conhecer a história do Brasil colonial no Centro Histórico – onde estão o casario colonial, as igrejas e os museus – e curtir as cachoeiras nos arredores da cidade.
Pode apreciar a Vesperata, um concerto ao ar livre realizado nas noites de sábado, que reúne uma multidão na rua da Quitanda, onde as sacadas dos sobrados coloniais são tomadas por músicos que tocam valsas, boleros e sambas.
Caminhos dos escravos
Esse talvez seja o melhor dos passeios para fazer em Diamantina para quem gosta de aventura e tem disposição para longas caminhadas.
O Caminho dos Escravos, também conhecido como Estrada Real, foi aberto oficialmente pela Coroa Portuguesa na época do Brasil Colônia, para que o ouro e diamantes fossem levados das cidades mineiras para o Rio de Janeiro.
A caminhada é longa e pode durar até 7 horas. Mas vale muito a pena conhecer a história, sentindo o ar puro e contemplando a paisagem mineira.
O charme rústico da cidade espalha-se ainda por seus arredores. Uma estradinha de terra e muita poeira leva às graciosas vilas de Milho Verde, Biribiri e São Gonçalo do Rio das Pedras.
O Parque Estadual do Biribiri foi criado em 1998 e é uma área composta por cerrado, matas de galeria e campos rupestres.
O Parque tem lindas cachoeiras – como a Cachoeira dos Cristais e a Cachoeira da Sentinela – com formação de piscininhas ótimas para banhos e dispõem de espaços para trilha e vestígios que datam da época da exploração de ouro e diamante na região.
Para chegar, são apenas 20 minutinhos em uma estrada bem sinalizada.
Cercadas por trilhas, cachoeiras, caminhos de pedra e recantos, Diamantina é o destino perfeito para saborear a culinária mineira e conhecer um pedaço da história onde o tempo parou.
A biodiversidade do nosso país é uma das mais admiradas do mundo, e Minas Gerais, sem dúvida, é um dos estados mais privilegiados do Brasil em termos de belezas naturais.
Que tal usar nossas sugestões, pegar a estrada e viajar no feriado para conhecer um pouco mais de nossas riquezas locais?
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